Miniconto N° 12 - A Aranha

Esse miniconto demorou muito pra sair, foi em uma madrugada e eu tive que gravá-lo para depois de muito tempo sentar e digitá-lo. E embora eu diga que a aranha é miníscula, ela não era não! O bichinho era maior do que vocês possam imaginar, se não fosse, não teria me feito pensar e rendido este miniconto.

Início: 12/06/2014

Término: 12/06/2014

Eu abro a porta do banheiro e dou de cara com uma aranha no chão!

Olho para a aranha no chão, minúscula... não sei o que faço, não sei se a mato. Meu instinto de sobrevivência me diz para matá-la, mas meu racional me impede!

Eu não sei o risco que a aranha pode representar... inconscientemente ela pode representar um risco grande, pelo veneno...

Conscientemente não! Ela pode ser simplesmente uma aranha pequenininha e sair de lá e eu não a ver mais amanhã, ou em qualquer outro dia... ou não! Ela pode representar algum risco e quando eu estiver fazendo qualquer outra coisa, ela pode me atacar, quando eu menos esperar! E o que é pior, eu não me tornarei o Homem-Aranha, o máximo que poderia acontecer é morrer com muita dor e sofrimento. 

Já se passaram alguns minutos e ainda fico pensando se devo, ou não matar aranha... É uma vida assim como qualquer outra...

Qual é a diferença entre a aranha e uma pessoa?

A aranha e um cachorro?

A aranha e uma formiga?

A aranha e uma cigarra?

Eu não sei... desligo meu pensamento sobre tudo isso no exato momento em que ela se mexe e eu piso em cima dela!

Por que eu fiz isso? 

Por que eu matei a aranha?

É uma vida como a minha ou como a de qualquer outra pessoa...

Isso me torna um assassino! Sim, um assassino! Foi um homicídio premeditado, eu olhei a aranha e pensei "Vou matá-la!" e a matei praticamente sem hesitação...

Não serei condenado por isso, não serei preso por isso, as pessoas não gostarão menos de mim por causa disso...

Embora em sua essência, a aranha seja a mesma coisa que eu... em nossa essência, não somo diferentes...